sábado, 30 de abril de 2016

II Encontro Interdisciplinar de Educação do Campo discute sobre Educação contextualizada no Semiárido

O Curso de Licenciatura em Educação do Campo promoveu o II Encontro Interdisciplinar de Educação do Campo, no período de 26 a 29 de abril, com o tema “Integrando e vivenciando saberes no sertão piauiense”, na Universidade Federal do Piauí, Campus de Picos.
O evento foi organizado junto com a VI Semana de Biologia e contou com a participação de 250 estudantes e professores que participaram de diversas atividades, como minicursos, palestras, mesas redondas e apresentação de trabalhos acadêmicos desenvolvidos pelos estudantes do Curso de Licenciatura em Educação do Campo.
A Educação contextualizada no Semiárido foi um dos temas de discutidos no evento. Na tarde do dia 27/04, o Prof. Dr. Elmo de Souza Lima, do Centro de Ciências da Educação da UFPI – Teresina, fez uma exposição sobre os princípios políticos que orientam as práticas educativas contextualizadas, destacando a importância deste projeto de educação para o desenvolvimento da região a partir da convivência com o semiárido.
Para a professora Dra. Tamaris Gimenez Pinheiro, coordenadora do Curso de Licenciatura em Educação no Campo, o evento foi pensado com o propósito favorecer a troca de experiência entre os estudantes acerca do trabalho que estão sendo desenvolvidos durante o curso.
“Essa integração com alunos e professores de outros cursos cria uma identidade como estudantes universitários, além de levar a comunidade rural para os acadêmicos da instituição, que muitas vezes vêm da comunidade, mas não a enxergam com a tamanha riqueza de material científico, de identidade e de história. E esse curso quer realmente proporcionar este olhar, reconhecimento e identificação”, destaca.
Sobre os temas trabalhados, a coordenadora afirma que tudo o que está sendo apresentado é fruto de vivência da educação do campo nas comunidades rurais e da integração com as ciências biológicas.
Segundo Tamaris, o tema “integração” e o “sertão” como foco principal “foi pensado pela valorização, porque o semiárido e o sertão, historicamente, são degradados, abandonados e sempre vistos como uma coisa feia e pobre. “Se olharmos em volta de tudo o que está sendo produzido nestas comunidades que são do sertão e fincadas dentro do semiárido, a gente consegue perceber uma riqueza imensa de tudo: de saberes, de cultura, de historias, de pessoas, e isso têm que ser preservado”, disse a professora.
Durante o evento, o Núcleo da Rede de Educação no Semiárido Brasileiro (RESAB) em Picos fez uma reunião envolvendo educadores, gestores e alunos da UFPI e da educação básica com o propósito de discutir as estratégias de fortalecimento das experiências pilotos em educação contextualizada no semiárido nos municípios de Picos, Itainópolis e Ipiranga.