sábado, 21 de março de 2015

UESPI discute projeto de mestrado sobre desenvolvimento do semiárido

O campus de Picos da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) promoveu reunião, na última quinta-feira (19/03), com o propósito de discutir o projeto de implantação de Programa de Pós-Graduação em nível de mestrado na área de desenvolvimento no semiárido.
Para o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Geraldo Eduardo Luz, o programa de Mestrado será implantado em 2016 e se volta para o desenvolvimento do Semiárido Piauiense, propondo novas tecnologias para os problemas vivenciados nesta região, bem como, a interação com as comunidades no que diz respeito ao acesso à informação, dentre outros aspectos.
Geraldo Luz acrescentou ainda que o Curso de Mestrado envolverá 20 professores doutores da Uespi oriundos dos mais diversos campus e cursos, assim como, professores de outras IES que trabalham a temática do Semiárido, numa ideia de estudo interdisciplinar.
“A nossa ideia é desenvolver as potencialidades da região, uma região prioritária para o desenvolvimento econômico do Nordeste e do país, onde este desenvolvimento econômico está atrelado ao desenvolvimento social. Esse programa de pós-graduação possibilita o desenvolvimento dessas potencialidades para que as mesmas se tornem benefícios para toda esta região”, disse Geraldo Eduardo Luz.
Os estudantes que ingressarem neste Curso de Mestrado desenvolverão projetos voltados à realidade do Semiárido, com o propósito de fomentar a produção de tecnologias e conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento sustentável da região, através da disseminação de conhecimento e da proposição de novas políticas públicas.
Para o diretor do Campus da Uespi de Picos, Evandro Alberto, a universidade tem cada vez mais avançado em Pesquisa e Extensão, e a possível implantação da proposta de Mestrado é um reflexo positivo deste avanço.
Esta proposta de Mestrado em Desenvolvimento do Semiárido surgiu a partir dos Cursos de Especialização em Educação Contextualizada e Gestão em Políticas Públicas no Semiárido desenvolvidos pela UESPI em parceria com a Rede de Educação no Semiárido Brasileiro (RESAB).
Para a coordenação da RESAB no Piauí, a proposta do Curso de Mestrado sobre o desenvolvimento no semiárido associado às políticas de convivência discutidas pelos movimentos e organizações sociais pode trazer inúmeras contribuições para o desenvolvimento da região, com a produção e disseminação de conhecimentos e tecnologias voltadas à melhoria da qualidade de vida da população desta região.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Resab define prioridades para 2015 no Piauí

A Rede de Educação no Semiárido Brasileiro (RESAB) realizou, na última sexta-feira (06/03), sua reunião primeira de 2015, na Secretaria Estadual de Educação do Piauí, com o propósito de refletir sobre as perspectivas da educação contextualizada no Estado.
Durante o evento, as organizações e instituições que compõem a Rede discutiram sobre as ações e projetos estratégicos que serão desenvolvidos com o propósito de fortalecer a luta pela consolidação de uma política de educação do campo contextualizada no semiárido.
Dentre os projetos e ações prioritárias, descaram-se o acompanhamento ao Projeto de Educação Contextualizada implementado na Escola Municipal Liberato Vieira, em Ipiranga do Piauí, desde 2012, através da parceria entre a Universidade Federal do Piauí (UFPI), a Escola de Formação Paulo de Tarso, a Secretaria Estadual de Educação e a Secretaria Municipal de Educação de Ipiranga. Este trabalho vem se constituindo numa experiência piloto na área da educação contextualizada no semiárido em escola públicas no Piauí.
Em 2015, a RESAB pretende também apoiar a criação de três novas experiências pilotos na área da educação contextualizada no semiárido.  Duas experiências serão desenvolvidas no Município de Picos, numa articulação entre as professoras que participaram do Curso de Especialização em Educação Contextualizada no Semiárido e Secretaria Municipal de Educação. A outra experiência será desenvolvida no Município de Ipiranga, como resultado do trabalho exitoso alcançado com os projetos educativos desenvolvidos na Escola Municipal Liberato Vieira.
O trabalho em Picos contará com a parceria e colaboração do Movimento dos Pequenos Agricultores (MDA), da Cáritas Regional Piauí, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAG-PI) e do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFPI.
A ideia é que essas experiências pilotos sirvam como espaços de estudos, pesquisas e produção coletiva de conhecimentos teórico-metodológicos na área da educação do campo e da educação contextualizada, possibilitando a troca de experiências entre os educadores, gestores, professores universitários e estudantes.
A Rede deve priorizar também em 2015, a realização do III Colóquio de Educação Contextualizada no Semiárido, o apoio ao trabalho desenvolvido pelo Centro de Formação Mandacaru, através da Ecoescola Thomas a Kempis e das formações desenvolvidas juntos as escolas do campo do município de Pedro II. Além disso, pretende acompanhar o Projeto Água na Escola, desenvolvido pelo Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido, a Asa Brasil e o Ministério de Desenvolvimento Social, e o Projeto Viva o Semiárido, desenvolvido pelo governo do estado do Piauí, com ações voltadas para a educação contextualizada em 50 municípios do semiárido.