terça-feira, 30 de setembro de 2014

UESPI discute proposta de Mestrado sobre desenvolvimento do Semiárido

O Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Piauí, Geraldo Eduardo da Luz, apresentou na última sexta-feira, 26/10, no auditório da Uespi em Picos, aos professores do Curso de Especialização em Educação contextualizada no Semiárido e aos membros da Rede de Educação no Semiárido (RESAB) a proposta da instituição de criação do Curso de Mestrado na área de desenvolvimento no semiárido.
A previsão é que o Curso de Mestrado que seja implantado na instituição no próximo ano voltado para o desenvolvimento do Semiárido Piauiense, propondo novas tecnologias para os problemas vivenciados nesta região, bem como a interação com as comunidades no que diz respeito ao acesso à informação, dentre outros aspectos.
Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Geraldo Eduardo Luz, a ideia é reunir professores doutores da UESPI e de outras instituições parcerias para discutir a elaboração do projeto, contemplando uma visão interdisciplinar dos estudos e pesquisas sobre o semiárido. Após formulação da proposta feita pelos professores, esta será encaminhada em março de 2015 à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), para análise, e em caso de aprovação do Curso.
"A nossa ideia é desenvolver as potencialidades da região, uma região prioritária para o desenvolvimento econômico do Nordeste e do país, onde este desenvolvimento econômico está atrelado ao desenvolvimento social. Esse programa de pós-graduação possibilita o desenvolvimento dessas potencialidades para que as mesmas se tornem benefícios para toda esta região”, disse Geraldo Eduardo Luz.
Para a coordenação da RESAB no Piauí, a proposta do Curso de Mestrado sobre o desenvolvimento no semiárido associado às políticas de convivência discutidas pelos movimentos e organizações sociais pode trazer inúmeras contribuições para o desenvolvimento da região, com a produção e disseminação de conhecimentos e tecnologias voltadas à melhoria da qualidade de vida da população desta região.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Estudo demonstra precariedade na infraestrutura das escolas do campo

No Brasil, 508 escolas rurais não têm condições de infraestrutura, têm baixa taxa de aprovação e muitos alunos abandonam os estudos. Nessas escolas não há sequer água filtrada. É o que mostra o estudo Escolas Esquecidas, divulgado esta semana pelo Instituto CNA, ligado à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil,  que mapeou esses centros de ensino. A maioria está nas regiões Norte e Nordeste e é de difícil acesso.
O estudo utiliza os dados do Censo Escolar de 2012 e revela instituições que não têm biblioteca, computador, TV, antena parabólica, videocassete, DVD, água filtrada, saneamento básico ou eletricidade.  Quase 40% dos estudantes repetiram de ano e 23% abandonaram os estudos. Nas demais escolas do país, a taxa de aprovação passa dos 83%, e o abandono chega a 3,8% no ensino fundamental e a 10,2% no ensino médio.  
A maior parte dessas escolas está na Região Norte: 209 no estado do Pará e 202 no Amazonas. As demais escolas estão no Acre (36), no Maranhão (22), na Bahia (12) em Roraima (11), em Pernambuco (6), no Amapá (4), no Mato Grosso (3), no Piauí (2) e em Rondônia (1). Do total, 184 estão em terras indígenas, 44 em áreas de assentamento, oito em áreas remanescentes de quilombos e uma em unidade de uso sustentável. Grande parte é municipal.
“O estudo é um alerta para o meio rural, especialmente para aquelas escolas que chamamos de esquecidas. Através dessa metodologia chegamos a 508, mas sabemos que outras escolas estão ali no limite, se houvesse uma flexibilização nos critérios, haveria um número maior de escolas [sem as condições mínimas de infraestrutura]”, diz o secretário executivo do Instituto CNA, Og Arão.
Segundo ele, as escolas rurais são muito importantes para a formação das comunidades do campo e são também um incentivo para que as famílias permaneçam na área rural. “Sem uma escola de qualidade não consigo formar, levar conhecimento e inovação, manter essas pessoas no campo”, acrescenta Arão.
Segundo a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Macaé Evaristo, 46% das escolas apontadas no estudo fazem parte desse grupo. “Nenhuma criança nesse país pode ficar sem atendimento escolar. No campo é preciso atenção redobrada, independentemente do lugar que a criança nasceu, tem que ter acesso à educação e educação de qualidade”, diz a secretária.
De acordo com o Ministério da Educação, 90% das escolas do campo – um total de 68.651 unidades – não têm internet. A taxa de estabelecimentos sem energia elétrica é de 15% (11.413 escolas), enquanto 10,4% não contam com água potável (7.950) e 14,7% não apresentam esgoto sanitário (11.214).
O MEC diz que desde 2012, com o Pronacampo, tem intensificado ações voltadas para as escolas rurais, enviando recursos aos estados e municípios e às próprias escolas para melhoria do espaço físico das escolas rurais, implantação de laboratórios de informática, o acesso à internet para 10 mil unidades e a universalização do acesso a água potável, saneamento e energia elétrica.
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Escolas piauienses trocam experiências sobre educação contextualizada no semiárido

Um grupo de professores e alunos da Escola Municipal Dona Adelaide e agricultores do município de Novo Oriente visitaram, na última terça-feira (09/09), a Escola Municipal Liberato Vieira, localizada na comunidade rural Brejo da Fortaleza, em Ipiranga do Piauí, para conhecer a experiência de educação contextualizada no semiárido desenvolvida naquela instituição.
Dentre as atividades conhecidas pelo grupo destacaram-se a horta escolar, que produz alimentos para a merenda da escola, e o viveiro de mudas, que distribui mudas frutíferas para as famílias da comunidade. A horta e o viveiro são importantes espaços pedagógicos, tendo em vista que várias atividades educativas são desenvolvidas de forma interdisciplinar, contemplando a produção de conhecimentos nas diferentes disciplinas escolares. Ambos foram construídos em parceria com a Escola de Formação Paulo de Tarso, organização não governamental que atua na região de Valença na execução do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), vinculada ao Programa de Formação e Mobilização Social para Convivência com o Semiárido da ASA Brasil (Articulação no Semiárido Brasileiro).
A Escola Municipal Liberato Vieira começou a desenvolver as atividades na área da educação contextualizada no semiárido a partir de agosto de 2012, quando foi contemplada com o Projeto de Formação de Educadores no contexto do Semiárido, desenvolvido pela Universidade Federal do Piauí, sob a coordenação do prof. Elmo de Souza Lima.
Com o apoio pedagógico da UFPI e da Rede de Educação no Semiárido Brasileiro, a equipe da Escola Liberato Vieira passaram a desenvolver um processo de reorientação curricular voltado à valorização dos conhecimentos e saberes produzidos na comunidade e ao desenvolvimento de projetos educativos que ampliassem o olhar dos educandos acerca das riquezas sociais, culturais e econômicas da comunidade, promovendo uma maior valorização e aproveitamento das potencialidades locais.
De acordo com a Diretora da Escola, Reginalda Alves, com o trabalho de resgate das tradições locais, a valorização da culinária, a divulgação das possibilidades de desenvolvimentos sustentáveis, dentre outras atividades, a Escola vem ampliando a parceria com a comunidade e estreitando cada vez mais o diálogo com os educandos e as famílias.

sábado, 6 de setembro de 2014

III Colóquio Piauiense de Educação Contextualizada no Semiárido

O desenvolvimento de estudos e pesquisas continua sendo uma das estratégias para fomentar o desenvolvimento de práticas educativas contextualizadas no semiárido, associada à proposta de convivência e sustentabilidade. Diante desse contexto, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e a Rede de Educação no Semiárido (RESAB), realizarão nos dias 21 e 22 de novembro/2014, em Picos/PI, o III Colóquio Piauiense de Educação Contextualizada no Semiárido, com o tema: Políticas públicas de convivência com o semiárido.
O evento tem como objetivo fomentar a produção de conhecimentos na área da Educação para a Convivência com o Semiárido e educação do campo como forma de ampliar as políticas públicas voltadas à construção de práticas sustentáveis na região.
Durante os dois dias de eventos, serão desenvolvidas conferências, apresentações de trabalhos, mesas de debates, exposição de produtos do semiárido, apresentações culturais e trocas de experiências entre educadores, lideranças comunitárias e organizações sociais.
Neste evento, serão socializados os trabalhos de pesquisa desenvolvidos pelos estudantes dos 2 Cursos de Especialização em Educação Contextualizada no Semiárido, em Oeiras e Valença, e os 3 Cursos de Especialização em Gestão e Políticas Públicas no Semiárido desenvolvidos em Picos, Paulista e São Raimundo Nonato, sob a coordenação da UESPI e a RESAB.
Os interessados em participar com apresentação de trabalho, poderão inscrever-se nas seguintes áreas temáticas:

1.    Ambiente Semiárido: aspectos sociais, culturais, históricos e econômicos.
2.    Educação para a convivência com o Semiárido;
3.    Educação e diversidade cultural;
4.    Currículo contextualizado;
5.    Prática pedagógica e recursos didáticos contextualizados;
6.    Educação do campo
7.    Educação ambiental no contexto do semiárido
De acordo com a coordenação do evento, as informações gerais sobre o período de inscrição e as regras de apresentação dos trabalhos serão divulgados nos próximos dias.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Semiárido brasileiro ultrapassa 23,5 milhões de habitantes


De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa), em quatro anos a população do semiárido brasileiro cresceu mais de 5%. A estimativa foi feita com base nas estimativas populacionais dos municípios em 2014, realizadas pelo IBGE. A população equivale hoje a pouco mais de 34% da população do Nordeste e a cerca de 12% da do País.
A Síntese foi divulgada nesta terça-feira (02/09), pelo Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido (Sigsab), uma ferramenta desenvolvida pelo Insa com a finalidade de reunir e disponibilizar informações e conhecimentos gerados para a região semiárida brasileira. 
A estimativa populacional para a região semiárida foi feita com base nas estimativas das populações residentes nos municípios em 2014, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira, dia 28 de agosto.
Segundo dados oficiais do Ministério da Integração, o Semiárido brasileiro abrange uma área de 969.589,4 km² e compreende 1.133 municípios de nove estados do Brasil: Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. 

Mapeamento 
Em 2012, o Insa divulgou o livro 'Sinopse do Censo Demográfico para o Semiárido Brasileiro', elaborado com base no Censo Populacional divulgado pelo IBGE em 2010.
O mapeamento atende à necessidade de o Instituto disponibilizar informações atualizadas acerca das principais características populacionais da região semiárida brasileira, na busca de cumprir seu papel institucional, que é executar e divulgar estudos e pesquisas para o fortalecimento e o desenvolvimento da região.