segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Os desafios de trabalhar a história da África nas escolas do semiárido

Durante o mês de novembro centenas de escolas do semiárido realizaram atividades em comemoração a Semana da Consciência Negra, principalmente no 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. No entanto, muitas dessas ações não passam de eventos folclóricos com fortes traços lúdicos, desconstituídos de um olhar crítico acerca da história dos negros no Brasil e dos processos de dominação e silenciamento os quais foram e são submetidos, inclusive no contexto das salas de aula.
Isto demonstra que muitos são os desafios que precisam ser enfrentados pelos educadores, movimentos negros e demais profissionais da educação no sentido de construir projetos educativos que desconstruam os preconceitos raciais presentes, tanto na sociedade quanto no currículo das escolas.
Se até pouco tempo atrás a questão da igualdade racial e da educação étnico-racial era ignorada por muitos educadores, a partir de 2003, com a promulgação da lei 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, esse debate não pode continuar sendo negado e/ou silenciado no contexto das escolas.
Entretanto, esse não é um trabalho fácil, pois convivemos com inúmeros professores formados a partir de uma pedagogia colonizadora, que sempre teve como referência os valores e princípios brancos e europeus, que nega e silencia as inúmeras vozes e histórias dos negros, índios, dentre outros povos.
Diante desse contexto, precisamos ampliar os debates acerca da educação étnico-racial nas escolas do semiárido com o intuito de contemplar a história e a cultura dos afro-brasileiros que vivem e produz saberes e conhecimento nas inúmeras comunidades Quilombolas espalhadas pelo semiárido brasileiro.
Com o intuito de contribuir com o trabalho dos professores, o Ministério da Educação (MEC) e várias outras organizações sociais vem dedicando-se na produção de materiais didáticos que ajudem as escolas na construção de práticas educativas multiculturais. Vejam alguns desses materiais:

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